terça-feira, 9 de novembro de 2010
De Charlotte Plantive (AFP)
MAPUTO — O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, iniciou nesta terça-feira uma visita de dois dias a Moçambique dedicada a programas de educação e saúde, na que será sua última viagem ao continente africano antes de deixar o poder no dia 1 de janeiro de 2011.
O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que o acompanha, qualificou de "muito positivo" o apoio do presidente americano, Barack Obama, à entrada da Índia como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.
"A menção à Índia demonstrou que os Estados Unidos aceitam os candidatos do mundo em desenvolvimento e abrem as portas a outros grandes países emergentes, como Brasil e outros da África", afirmou o chanceler em Maputo.
Durante a visita oficial de dois dias, o presidente brasileiro estimou que seu país tem "uma dívida histórica" com a África, ao inaugurar em Maputo os equipamentos de uma "universidade aberta", que permitirá a professores brasileiros formem alunos em Moçambique por teleconferência.
"A formação do povo brasileiro deve muito ao continente africano, em outras palavras, os brasileiros são o que são: alegres, bonitos, adoram o samba, o carnaval, o futebol, e sabem mover os quadris graças à nossa mistura com os africanos, os índios, etc", acrescentou.
"Durante séculos, nossas cabeças foram colonizadas: nos ensinaram a pensar que éramos inferiores", acrescentou. "Hoje, queremos voltar a levantar a cabeça juntos e desfazermos esta ideia de que o sul depende do norte".
Para Lula, a educação é o melhor "instrumento de democratização" e de construção de uma "sociedade próspera".
O Brasil financiará com 32 milhões de dólares em oito anos este programa de educação a distância, que deve permitir a formação de professores e funcionários.
A primeira turma tem cerca de 600 alunos distribuídos em três cidades: Maputo, Beira (centro) e Lichinga (norte). O programa deve ampliar-se para incluir mais de 7 mil alunos em nove cidades do país.
O presidente brasileiro, vestindo uma camisa simples, com o colarinho aberto, lembrou que realiza sua última visita a Moçambique e "muito provavelmente sua última como presidente" na África. Lula viajou a diversos países do continente ao longo de seus dois mandatos.
Durante seu mandato, o presidente brasileiro não cessou de lembrar que o Brasil - um dos últimos países do mundo a abolir a escravidão, em 1888 - é o segundo país em população negra do mundo atrás da Nigéria, com 76 milhões de afro-brasileiros sobre 190 milhões de habitantes.
Esta aproximação com a África entra no contexto do reforço da cooperação Sul-Sul que Lula preconiza.
A estratégia resultou frutífera, já que, desde sua chegada ao poder em 2003, os intercâmbios comerciais do Brasil com os países africanos quase triplicaram: passaram de 6,15 bilhões de dólares (dos quais 2,68 bilhões em exportações brasileiras) a 17,14 bilhões de dólares no fim de 2009 (dos quais 8,69 bilhões em exportações brasileiras), segundo o ministério de Comércio Exterior.
Em Moçambique, o Brasil está especialmente presente no setor minerador com a gigante Vale, que deve abrir uma mina de carvão em 2011 em Tete (norte), para a construção e a produção de biocombustíveis.
O gigante sul-americano também prevê um apoio importante ao ministério da Saúde, entre outros na luta contra a Aids. Lula deve inaugurar na quarta-feira em Maputo a primeira fábrica pública de medicamentos antirretrovirais do continente, financiada pelo Brasil, em um dos países mais afetados no mundo pela pandemia de HIV.
O presidente brasileiro goza de uma imensa popularidade em Moçambique, onde o povo está agradecido por esta ajuda. Nesta terça-feira, estudantes o saudaram cantando e dançando: "Papai Lula, Papai Lula, Bye Bye".
sábado, 30 de outubro de 2010
Dilma Rousseff: trajetória marcada pela militância contra ditadura e pelo apadrinhamento de Lula
30/10/10 16H39
Carolina Pimentel Da Agência Brasil
A CANDIDATA DO LULA O crescimento impressionante de Dilma, protagonista destas eleições, atestou a popularidade de Lula e a sua capacidade de transferência de votos. Em alguns meses, ela saltou da posição de uma mulher praticamente desconhecida da maioria da população, que ocupou cargos técnicos na vida pública e nunca havia disputado uma eleição sequer, à condição de candidata mais votada para presidente da República (mais de 47 milhões de votos, ou 47% dos válidos), carimbando passaporte para o segundo turno. |
José Serra: também iniciou combatendo a ditadura e tenta chegar à presidência pela 2ª vez
30/10/10 16h56
Carolina Pimentel Da Agência Brasil
SALVO POR MARINA SILVA José Serra foi salvo pelo crescimento de Marina no primeiro turno e conseguiu ir para o “segundo round” com Dilma. O tucano terminou com 32,6% dos votos válidos e tomou fôlego para nova disputa com a petista. Em meados de setembro, Serra chegou a ver sua principal adversária marcar 58% dos válidos, segundo o Ibope. |
Dilma Rousseff: trajetória marcada pela militância contra ditadura e pelo apadrinhamento de Lula
30/10/10 16h39
Carolina Pimentel Da Agência Brasil
A CANDIDATA DO LULA O crescimento impressionante de Dilma, protagonista destas eleições, atestou a popularidade de Lula e a sua capacidade de transferência de votos. Em alguns meses, ela saltou da posição de uma mulher praticamente desconhecida da maioria da população, que ocupou cargos técnicos na vida pública e nunca havia disputado uma eleição sequer, à condição de candidata mais votada para presidente da República (mais de 47 milhões de votos, ou 47% dos válidos), carimbando passaporte para o segundo turno. |
PESQUISA DILMA E SERRA ELEICOES 2010
CNT/Sensus: Dilma 57,2%, Serra 42,8% dos votos válidos
Do G1
Pesquisa do instituto Sensus divulgada neste sábado (30) pelo site da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostra Dilma Rousseff (PT) com 57,2% dos votos válidos e José Serra (PSDB) com 42,8%.
Para se chegar aos votos válidos, são excluídos os eleitores que dizem votar em branco ou nulo e os indecisos.
O levantamento foi realizado nos dias 28 e 29 de outubro e ouviu 2 mil pessoas em 136 municípios. O registro da pesquisa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o de número 37.919/2010.
A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Votos totais
Em votos totais (que incluem os brancos, nulos e os indecisos), Dilma tem 50,3% e Serra 37,6%. Os eleitores que disseram votar branco ou nulo são 4,1% e os que não souberam ou não responderam, 7,9%.
No levantamento anterior, divulgado na última quarta (27), Dilma aparecia com 58,6% dos votos válidos e Serra com 41,4%. Em votos totais, a petista tinha 51,9% e o tucano 36,7%.
A pesquisa divulgada neste sábado trouxe também índices de rejeição. Foram 41,7% os eleitores que disseram que não votariam em Serra e 34,1% os que disseram não votar em Dilma.
Em relação à expectativa de vitória, 67,8% dos entrevistados disseram acreditar que a petista ganhará a eleição. Para 23,3%, o vencedor será o tucano.
Datafolha divulga pesquisa para presidente
O Datafolha divulgou hoje mais uma pesquisa pra presidente. Levando-se em conta o total das intenções de votos, o número de indecisos caiu pela metade em relação a pesquisa anterior. Se a eleição fosse hoje, Dilma Rousseff, do PT, estaria eleita. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Dilma Rousseff, do PT, tinha 47%, depois 50%, 49% e agora tem 50% das intenções de voto. Com a margem de erro, tem de 48% a 52%.
José Serra, do PSDB, tinha 41%, depois 40%, 38%, e agora tem 40%. Com a margem de erro, tem de 38% a 42%.
Brancos somaram 5% e indecisos, 4%. O Datafolha também divulgou a pesquisa dos votos válidos - que exclui brancos, nulos e eleitores indecisos.
Dilma Rousseff tinha 54%, depois 56%, manteve e agora tem o mesmo índice. Com a margem de erro, tem de 54% a 58%. José Serra tinha 46%, depois 44%, manteve e agora tem o mesmo índice. Com a margem de erro, tem de 42% a 46%. A pesquisa do Datafolha ouviu ontem 4.205 eleitores.
Projeto Estudante Monitor
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