terça-feira, 9 de novembro de 2010

Lula diz que eleitores preferiram a continuidade

Depois de um intervalo de quase três meses de campanha eleitoral e às vésperas de embarcar para Moçambique e para a Coreia do Sul, onde participa ao lado da presidente eleita Dilma Rousseff (PT) da reunião de líderes do G20, o grupo das maiores economias do mundo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem no programa de rádio Café com o Presidente que o Brasil que sai das urnas nessas Eleições é o que apostou na continuidade.
Na avaliação de Lula, “todo mundo tem consciência” de que o seu governo não teve nenhum segmento da sociedade que não ganhou. O presidente comentou ainda que os empresários, os trabalhadores e os mais pobres ganharam.
– O Brasil que sai das urnas é o Brasil que a maioria do povo desejou que tenha continuidade. É a maioria de um povo que usufruiu das políticas públicas determinadas, durante oito anos, pelo nosso governo, e que resultou em uma melhoria geral da qualidade de vida das pessoas – disse o presidente no programa de rádio.
Na avaliação de Lula, a sociedade “inteira ganhou”. Para ele, o resultado do pleito mostrou que o povo quer avançar mais. Para o presidente, a eleição de Dilma “foi uma vitória do bom senso da maioria do povo brasileiro”. O presidente viaja para Moçambique sem concretizar o que chamou de “sonho”: a inauguração de uma fábrica de medicamentos para a qual foi assinado um acordo em 2003. A previsão é que a fábrica se concretize até o final de 2011.
Lula permanecerá dois dias em Maputo, na sua terceira viagem ao país, em uma parada a caminho de Seul. O atraso na entrega da fábrica que o Brasil está doando para Moçambique se deve à demora do Congresso brasileiro em aprovar os recursos para a compra de equipamentos que funcionarão no local.
Outro fator determinante foi o fato do governo de Maputo ter demorado em atender à contrapartida do contrato de compra do terreno e reforma do local que abrigará a fábrica de medicamentos.
No programa Café com o Presidente Lula falou também da aula inaugural que ministrará para os 620 alunos de quatro cursos de universidade aberta do Brasil. Serão inaugurados três núcleos nas cidades de Maputo, Beira e Lichinga.

Lula promove educação e saúde em Moçambique

MAPUTO — O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, iniciou nesta terça-feira uma visita de dois dias a Moçambique dedicada a programas de educação e saúde, na que será sua última viagem ao continente africano antes de deixar o poder no dia 1 de janeiro de 2011.

O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que o acompanha, qualificou de "muito positivo" o apoio do presidente americano, Barack Obama, à entrada da Índia como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.

"A menção à Índia demonstrou que os Estados Unidos aceitam os candidatos do mundo em desenvolvimento e abrem as portas a outros grandes países emergentes, como Brasil e outros da África", afirmou o chanceler em Maputo.

Durante a visita oficial de dois dias, o presidente brasileiro estimou que seu país tem "uma dívida histórica" com a África, ao inaugurar em Maputo os equipamentos de uma "universidade aberta", que permitirá a professores brasileiros formem alunos em Moçambique por teleconferência.

"A formação do povo brasileiro deve muito ao continente africano, em outras palavras, os brasileiros são o que são: alegres, bonitos, adoram o samba, o carnaval, o futebol, e sabem mover os quadris graças à nossa mistura com os africanos, os índios, etc", acrescentou.

"Durante séculos, nossas cabeças foram colonizadas: nos ensinaram a pensar que éramos inferiores", acrescentou. "Hoje, queremos voltar a levantar a cabeça juntos e desfazermos esta ideia de que o sul depende do norte".

Para Lula, a educação é o melhor "instrumento de democratização" e de construção de uma "sociedade próspera".

O Brasil financiará com 32 milhões de dólares em oito anos este programa de educação a distância, que deve permitir a formação de professores e funcionários.

A primeira turma tem cerca de 600 alunos distribuídos em três cidades: Maputo, Beira (centro) e Lichinga (norte). O programa deve ampliar-se para incluir mais de 7 mil alunos em nove cidades do país.

O presidente brasileiro, vestindo uma camisa simples, com o colarinho aberto, lembrou que realiza sua última visita a Moçambique e "muito provavelmente sua última como presidente" na África. Lula viajou a diversos países do continente ao longo de seus dois mandatos.

Durante seu mandato, o presidente brasileiro não cessou de lembrar que o Brasil - um dos últimos países do mundo a abolir a escravidão, em 1888 - é o segundo país em população negra do mundo atrás da Nigéria, com 76 milhões de afro-brasileiros sobre 190 milhões de habitantes.

Esta aproximação com a África entra no contexto do reforço da cooperação Sul-Sul que Lula preconiza.

A estratégia resultou frutífera, já que, desde sua chegada ao poder em 2003, os intercâmbios comerciais do Brasil com os países africanos quase triplicaram: passaram de 6,15 bilhões de dólares (dos quais 2,68 bilhões em exportações brasileiras) a 17,14 bilhões de dólares no fim de 2009 (dos quais 8,69 bilhões em exportações brasileiras), segundo o ministério de Comércio Exterior.

Em Moçambique, o Brasil está especialmente presente no setor minerador com a gigante Vale, que deve abrir uma mina de carvão em 2011 em Tete (norte), para a construção e a produção de biocombustíveis.

O gigante sul-americano também prevê um apoio importante ao ministério da Saúde, entre outros na luta contra a Aids. Lula deve inaugurar na quarta-feira em Maputo a primeira fábrica pública de medicamentos antirretrovirais do continente, financiada pelo Brasil, em um dos países mais afetados no mundo pela pandemia de HIV.

O presidente brasileiro goza de uma imensa popularidade em Moçambique, onde o povo está agradecido por esta ajuda. Nesta terça-feira, estudantes o saudaram cantando e dançando: "Papai Lula, Papai Lula, Bye Bye".

sábado, 30 de outubro de 2010

Dilma Rousseff: trajetória marcada pela militância contra ditadura e pelo apadrinhamento de Lula

30/10/10 16H39

Carolina Pimentel Da Agência Brasil

A CANDIDATA DO LULA O crescimento impressionante de Dilma, protagonista destas eleições, atestou a popularidade de Lula e a sua capacidade de transferência de votos. Em alguns meses, ela saltou da posição de uma mulher praticamente desconhecida da maioria da população, que ocupou cargos técnicos na vida pública e nunca havia disputado uma eleição sequer, à condição de candidata mais votada para presidente da República (mais de 47 milhões de votos, ou 47% dos válidos), carimbando passaporte para o segundo turno.
Brasília – A mineira Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência da República, tem uma trajetória marcada pela militância contra o regime autoritário e por sua atuação no serviço público. Na juventude, foi presa e torturada por fazer oposição à ditadura militar. Depois de passar três anos na prisão, mudou-se para o Rio Grande do Sul. Lá, chegou ao primeiro escalão da administração estadual, comandando a Secretaria de Minas e Energia nos governos de Alceu Collares (PDT) e de Olívio Dutra (PT).
Graças ao seu conhecimento na área, foi convidada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o Ministério de Minas e Energia, em 2003. Dois anos depois, passou a comandar a Casa Civil, tornando-se uma das principais executivas da gestão Lula. Seu desempenho levou Lula e o PT a lançá-la para presidente. Essa é a primeira vez que Dilma disputa uma eleição.
Filha de um empresário búlgaro e de uma brasileira, a universitária Dilma deixou a família de classe média em Minas Gerais para ingressar na luta contra a ditadura militar, como militante do Comando de Libertação Nacional (Colina) e da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR Palmares). Foi presa pelo Departamento de Ordem Política e Social (Dops) e torturada na cadeia.
Na década de 70, depois de quase três anos presa, passou a viver no Rio Grande do Sul, onde engajou-se na campanha pela anistia e ajudou a fundar o PDT, junto com o advogado e ex-deputado Carlos Araújo, com quem ficou casada por 25 anos. No PDT, participou da candidatura de Leonel Brizola à Presidência da República.
Foi também no Sul do país que começou a carreira de gestora pública. Em 1986, foi nomeada secretária da Fazenda de Porto Alegre, na administração de Alceu Collares. Nos anos 90, assumiu a presidência da Fundação de Economia e Estatística (FEE). Depois, comandou a secretaria estadual de Minas e Energia. Em 2001, integrou o grupo que saiu do PDT para se filiar ao PT, partido pelo qual disputará, em outubro, a Presidência da República.
Dilma ingressou no governo Lula no primeiro mandato, quando assumiu o Ministério de Minas e Energia. Entre outras ações, implantou um novo modelo para o setor. Dois anos depois, passou a chefiar a Casa Civil. No comando da pasta, gerenciou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - o que lhe rendeu o título de “mãe do PAC” - e se tornou uma das ministras mais importantes do governo Lula.
Em abril deste ano, saiu da Casa Civil para tentar ser a sucessora de Lula no Palácio do Planalto. Antes disso, em 2009, passou por um tratamento para câncer no sistema linfático. Dilma é economista e tem uma filha e um neto.

José Serra: também iniciou combatendo a ditadura e tenta chegar à presidência pela 2ª vez

30/10/10 16h56

Carolina Pimentel Da Agência Brasil

SALVO POR MARINA SILVA José Serra foi salvo pelo crescimento de Marina no primeiro turno e conseguiu ir para o “segundo round” com Dilma. O tucano terminou com 32,6% dos votos válidos e tomou fôlego para nova disputa com a petista. Em meados de setembro, Serra chegou a ver sua principal adversária marcar 58% dos válidos, segundo o Ibope.
Brasília - José Serra entra na corrida pela Presidência da República nas eleições deste ano como candidato do PSDB, partido do qual é um dos fundadores. A carreira política dele começou na militância estudantil nos anos 60, quando estava na universidade e foi eleito presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Com o golpe militar, deixou o país e ficou exilado no Chile e nos Estados Unidos. Depois de 14 anos no exílio, Serra retornou ao Brasil e passou a lecionar no curso de economia da Universidade de Campinas (Unicamp). Nos anos 80, tornou-se secretário estadual de Planejamento no governo do peemedebista Franco Montoro (que morreu em 1999). Em 1986, ele foi eleito deputado federal por São Paulo pelo PMDB e participou da Assembleia Nacional Constituinte. Dois anos depois, ajudou a fundar o PSDB. Em 1990, conquistou o segundo mandato na Câmara dos Deputados. Na eleição seguinte, assumiu a vaga de senador. Licenciado do Senado, Serra comandou os ministérios do Planejamento (em 1995 e 1996) e da Saúde (de 1998 a 2002) na gestão do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Na primeira pasta, desenvolveu programa de execução de obras do governo federal em parceria com estados e prefeituras. Na saúde, a administração dele foi marcada pela implantação do programa de combate à aids – que serviu de modelo para outros países e teve reconhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2002, concorreu ao posto mais alto do país, o de presidente da República. Porém, perdeu a disputa para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno. Após dois anos, foi eleito prefeito de São Paulo. Em 2006, assumiu o governo estadual, eleito em primeiro turno. No início deste ano, renunciou ao posto para ser o pré-candidato dos tucanos à Presidência da República nas eleições de outubro. Filho de imigrantes italianos, Serra nasceu em 19 de março de 1945 na capital paulista. É economista e casado. Tem filhos e netos.

Dilma Rousseff: trajetória marcada pela militância contra ditadura e pelo apadrinhamento de Lula

30/10/10 16h39

Carolina Pimentel Da Agência Brasil

A CANDIDATA DO LULA O crescimento impressionante de Dilma, protagonista destas eleições, atestou a popularidade de Lula e a sua capacidade de transferência de votos. Em alguns meses, ela saltou da posição de uma mulher praticamente desconhecida da maioria da população, que ocupou cargos técnicos na vida pública e nunca havia disputado uma eleição sequer, à condição de candidata mais votada para presidente da República (mais de 47 milhões de votos, ou 47% dos válidos), carimbando passaporte para o segundo turno.
Brasília – A mineira Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência da República, tem uma trajetória marcada pela militância contra o regime autoritário e por sua atuação no serviço público. Na juventude, foi presa e torturada por fazer oposição à ditadura militar. Depois de passar três anos na prisão, mudou-se para o Rio Grande do Sul. Lá, chegou ao primeiro escalão da administração estadual, comandando a Secretaria de Minas e Energia nos governos de Alceu Collares (PDT) e de Olívio Dutra (PT). Graças ao seu conhecimento na área, foi convidada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o Ministério de Minas e Energia, em 2003. Dois anos depois, passou a comandar a Casa Civil, tornando-se uma das principais executivas da gestão Lula. Seu desempenho levou Lula e o PT a lançá-la para presidente. Essa é a primeira vez que Dilma disputa uma eleição. Filha de um empresário búlgaro e de uma brasileira, a universitária Dilma deixou a família de classe média em Minas Gerais para ingressar na luta contra a ditadura militar, como militante do Comando de Libertação Nacional (Colina) e da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR Palmares). Foi presa pelo Departamento de Ordem Política e Social (Dops) e torturada na cadeia. Na década de 70, depois de quase três anos presa, passou a viver no Rio Grande do Sul, onde engajou-se na campanha pela anistia e ajudou a fundar o PDT, junto com o advogado e ex-deputado Carlos Araújo, com quem ficou casada por 25 anos. No PDT, participou da candidatura de Leonel Brizola à Presidência da República. Foi também no Sul do país que começou a carreira de gestora pública. Em 1986, foi nomeada secretária da Fazenda de Porto Alegre, na administração de Alceu Collares. Nos anos 90, assumiu a presidência da Fundação de Economia e Estatística (FEE). Depois, comandou a secretaria estadual de Minas e Energia. Em 2001, integrou o grupo que saiu do PDT para se filiar ao PT, partido pelo qual disputará, em outubro, a Presidência da República. Dilma ingressou no governo Lula no primeiro mandato, quando assumiu o Ministério de Minas e Energia. Entre outras ações, implantou um novo modelo para o setor. Dois anos depois, passou a chefiar a Casa Civil. No comando da pasta, gerenciou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - o que lhe rendeu o título de “mãe do PAC” - e se tornou uma das ministras mais importantes do governo Lula. Em abril deste ano, saiu da Casa Civil para tentar ser a sucessora de Lula no Palácio do Planalto. Antes disso, em 2009, passou por um tratamento para câncer no sistema linfático. Dilma é economista e tem uma filha e um neto.

PESQUISA DILMA E SERRA ELEICOES 2010

CNT/Sensus: Dilma 57,2%, Serra 42,8% dos votos válidos

Do G1

Pesquisa do instituto Sensus divulgada neste sábado (30) pelo site da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostra Dilma Rousseff (PT) com 57,2% dos votos válidos e José Serra (PSDB) com 42,8%.

Para se chegar aos votos válidos, são excluídos os eleitores que dizem votar em branco ou nulo e os indecisos.

O levantamento foi realizado nos dias 28 e 29 de outubro e ouviu 2 mil pessoas em 136 municípios. O registro da pesquisa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o de número 37.919/2010.

A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Votos totais

Em votos totais (que incluem os brancos, nulos e os indecisos), Dilma tem 50,3% e Serra 37,6%. Os eleitores que disseram votar branco ou nulo são 4,1% e os que não souberam ou não responderam, 7,9%.

No levantamento anterior, divulgado na última quarta (27), Dilma aparecia com 58,6% dos votos válidos e Serra com 41,4%. Em votos totais, a petista tinha 51,9% e o tucano 36,7%.

A pesquisa divulgada neste sábado trouxe também índices de rejeição. Foram 41,7% os eleitores que disseram que não votariam em Serra e 34,1% os que disseram não votar em Dilma.

Em relação à expectativa de vitória, 67,8% dos entrevistados disseram acreditar que a petista ganhará a eleição. Para 23,3%, o vencedor será o tucano.

Datafolha divulga pesquisa para presidente

O Datafolha divulgou hoje mais uma pesquisa pra presidente. Levando-se em conta o total das intenções de votos, o número de indecisos caiu pela metade em relação a pesquisa anterior. Se a eleição fosse hoje, Dilma Rousseff, do PT, estaria eleita. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Dilma Rousseff, do PT, tinha 47%, depois 50%, 49% e agora tem 50% das intenções de voto. Com a margem de erro, tem de 48% a 52%.

José Serra, do PSDB, tinha 41%, depois 40%, 38%, e agora tem 40%. Com a margem de erro, tem de 38% a 42%.

Brancos somaram 5% e indecisos, 4%. O Datafolha também divulgou a pesquisa dos votos válidos - que exclui brancos, nulos e eleitores indecisos.

Dilma Rousseff tinha 54%, depois 56%, manteve e agora tem o mesmo índice. Com a margem de erro, tem de 54% a 58%. José Serra tinha 46%, depois 44%, manteve e agora tem o mesmo índice. Com a margem de erro, tem de 42% a 46%. A pesquisa do Datafolha ouviu ontem 4.205 eleitores.

Projeto Estudante Monitor

                           Autor: Hibrahim Soares Lima INTRODUÇÃO: Dentro do contexto escolar busca-se o desenvolvimento e aprimoramento e...